terça-feira, 2 de março de 2010

Geleira Mertz se parte e solta no mar um iceberg gigante

A Terra vista do espaço: a ‘língua de gelo’ da geleira Mertz na Antártida libera um enorme iceberg


Iceberg liberado pela geleira Mertz, Antártida. Crédito: NASA Earth Observatory

Iceberg liberado pela geleira Mertz, Antártida. Crédito: NASA Earth Observatory

A geleira Mertz se estende para fora da Antártida ao longo da costa George V. Esta curiosa geleira forma uma longa e fina ‘língua de gelo’ que termina no oceano, apontando na direção da Nova Zelândia/Austrália.

Assim, Geleira Mertz rotineiramente expulsa blocos gigantescos de gelo formando icebergs que circulam no sul do Oceano Pacifico. Em 10 de janeiro de 2010 o dispositivo Advanced Land Imager (ALI) no satélite Earth Observing-1 (EO-1) da NASA capturou esta imagem em cor real de um iceberg que se soltou da ‘língua de gelo’.

Imagem completa mostra parte da ‘lingua de gelo’ e o iceberg recém liberado. Crédito: NASA Earth Observatory

Imagem completa mostra parte da ‘lingua de gelo’ e o iceberg recém liberado. Crédito: NASA Earth Observatory

De forma similar a geleira que o gerou, o iceberg também possui uma superfície enrugada, acentuada nesta fantástica imagem pela baixa elevação do Sol na hora em que a fotografia foi criada.

Este belo iceberg media aproximadamente 8,5 por 9,5 km e estava cercado por blocos menores de gelo que devem ter se soltado da ‘língua de gelo’ da Geleira Mertz ao mesmo tempo em que o iceberg foi soltou-se da geleira.

‘Língua de gelo’ da geleira Mertz pelo satélite Envisat. Crédito: ESA

‘Língua de gelo’ da geleira Mertz pelo satélite Envisat. Crédito: ESA

Na imagem acima feita por satélite Envisat da ESA abaixo vemos a ‘língua de gelo’ inteira e sua superfície enrugada. Grandes rachaduras ao longo da geleira modelam sua textura peculiar.

Icebergs que navegam pela costa da Antártida são colhidos pelas correntes oceânicas que circulam este continente gelado e por isso permanecem intactos por meses e até anos, desde que permaneçam em condições suficientemente gélidas.

Outros icebergs, entretanto, rumam ao norte para climas mais quentes e se desintegram. Através da observação do ciclo de vida dos icebergs em um clima mais quente em baixas latitudes permite aos cientistas fazer previsões sobre como as coberturas de gelo (grossas camadas de gelo ao longo da linha costeira) poderão responder a um aquecimento no clima. O projeto AMIGOSberg é uma das iniciativas que desenvolve tal estudo dos icebergs.

Localização da geleira Mertz na costa George V, Antártida. Crédito: NSIDC

Localização da geleira Mertz na costa George V, Antártida. Crédito: NSIDC

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